CFM pede que Anvisa reveja proibição do uso de fenol com urgência
O CFM criticou a medida da Anvisa. No documento, o conselho diz que já havia medidas para trazer mais segurança aos pacientes, mas que considera proibir o uso excessivo do fenol. A entidade cita os profissionais capacitados que podem ser prejudicados com a nova resolução. O documento é assinado por José Hiran da Silva Gallo, presidente do CFM.
Essa Resolução se mostra excessiva ao proibir o uso do fenol também pelos médicos, os quais constituem um grupo de profissionais capacitados e habilitados para seu manuseio em tratamentos oferecidos aos pacientes em locais que obedeçam às normas da vigilância sanitária.
Trecho do documento enviado pelo CFM à Anvisa
O CFM solicitou à Anvisa que a decisão fosse revista com urgência. “Permitindo que os médicos possam atender à população em suas necessidades, utilizando o fenol com base em critérios de segurança e eficácia”, diz o texto.
Ação do Cremesp
Cremesp havia acionado a Justiça para impedir venda a quem não é médico. Dentistas com especialização em harmonização orofacial seriam as exceções. No documento enviado à Justiça, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo citou a morte de Henrique Silva Chagas, 27, após ser submetido a um peeling de fenol na clínica uma profissional sem formação na área de saúde.
Ação busca impedir a realização de procedimentos invasivos por pessoas leigas. No pedido, o Cremesp afirmou que o peeling de fenol é “extremamente invasivo”, exigindo monitoramento dos pacientes por um médico responsável que possa identificar complicações e tratá-las.